sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

ASSOCIAÇÃO DE ARANHAS E PLANTAS

A obtenção de alimento depende das escolhas de habitats e micro habitats favoráveis, que forneçam alimento e abrigo. Existem diversos tipos de aranhas, aranhas errantes, que não se fixam em um local, vivem sempre em busca de novos locais e presas; aranhas sedentárias que constroem teias e ficam a espera de presas que caiam em sua armadilha, e aranhas que se fixam e se especializam em um determinado local, geralmente associado a plantas, que lhes fornecem alimento e abrigo.
            Aranhas que se associam a plantas, geralmente escolhem plantas com estruturas favoráveis a reprodução e proteção de ovos e filhotes, como plantas da família Bromeliaceae que possuem uma estrutura em forma de roseta, que consegue rotas de fuga e acumulo de água no centro, que concede umidade e entre suas estruturas que serve de deposito para as folhas das grandes árvores o que fornece o abrigo perfeito para ovos e proteção contra possíveis predadores. Outras plantas bastante utilizadas são plantas com flores, que atraem visitantes extra florais como abelhas, besouros, vespas, etc. estas plantas atraem presas que são a preferência de muitas espécies de aranhas como a de Misumena vatia (figura.1) (Thomisidae) e por flores de Chrysanthemum frutescens, estas aranhas tem a capacidade de refletir a luz ultra-violeta do Sol mudando sua cor para a mesma cor da flor o que deixa a flor mais atrativa. Estas associações com plantas podem ser benéficas ou não para a planta.
Fig.1: Misumena vatia (fonte: http://www.headinjurytheater.com/article1b.htm)

Associações benéficas:

As aranhas representam um papel importante no controle biológico de herbívoro. Esta associação é muito benéfica para as plantas que são constantemente predadas. As aranhas se alimentam de besouros, larvas e outros insetos que consomem as folhas, ou outras estruturas das plantas.
Algumas formigas e besouros se alimentam das pétalas e estruturas extra-florais, sem estas estruturas, a planta tem uma baixa na sua taxa reprodutiva, mas a partir dessa associação com uma aranha, que utiliza a planta como residência, isso diminui.
Em um estudo, de Ruhren e Handel, foi analisado a contribuição que aranhas da família Salticidae tem no aumento da produção de sementes em plantas, da espécie Chamaecrista nictitans (figura 2) (Caesalpineaceae), com nectários extra florais. Estas plantas produzem o néctar como recompensa para suas visitas, e as aranhas da família Salticidae se alimentam deste néctar, e ao se alimentarem ficam com pequenas partículas de pólen presas ao corpo e ao visitarem outra planta, para consumo do néctar ou predação de um inseto, o pólen também é levado ate a outra planta, o que aumenta a variabilidade genética e a produção de sementes já que visitam mais de uma planta por dia.
           
           Aranhas secretam praticamente amônia e nitrogênio por poderem passar longos períodos sem a necessidade de se alimentar, sendo assim, com os restos alimentares de suas presas e também com a excreção, fornecem uma fonte de Nitrogênio para a planta.

Associação não benéfica:
            
        Com o aumento na taxa de predação de visitantes florais como vespas e abelhas, pode ocorre o declínio na reprodução destas plantas.
Abelhas da espécie Apis mellifera tem a capacidade de perceber quando abelhas de sua espécie estão mortas ou foram mortas em uma planta e assim deixam de visita- lás. Abelhas mamangavas (Bombus ternarisu) reconhecem a presença da aranha Misumena varia (Thomisidae) em plantas e também deixam de visita - lás, o que faz com que diminua a polinização das plantas e assim a baixa na produção de sementes. Outras espécies de abelhas não reconhecem aranhas e nem mesmo percebem suas co-espécies mortas, e visitam as plantas assim mesmo, e muitas vezes são predadas. Este excesso de predação de visitantes muitas vezes ocorre pelo grande número de aranhas em plantas próximas ou em uma única planta.

Observações de campo:

Durante o período de saídas de campo do TCC, pude observar várias das interações citadas acima. A mais comum era a associação de aranhas com bromélias, as quais muitas vezes possuíam mais de uma espécie de aranha, habitando a mesma planta, as mais comuns eram aranhas da família Salticidae (Figura 3, 4) onde observei pelo menos 3 espécies vivendo em ramos distintos de uma mesma planta. As bromélias com flores ou que estavam com a estrutura floral em formação abrigavam um maior numero de aranhas, o fato das flores atraírem um maior numero de presas, o processo de polinização pelo o que pude observar não sofria interferência, pois o numero de visitantes florais era superior ao numero de predadores, enquanto uma aranha se alimentava (Figura 5) pelo menos dois ou três visitantes florais, passeavam livremente pela flor e visitavam outras plantas.
Fig. 3 aranha da família Salticidae sobre uma bromélia (Fonte: Foto de autoria própria)
Fig. 4 aranha da família Salticidae sobre uma bromélia (Fonte: Foto de autoria própria)
Fig. 5 Salticidae se alimentando de um visitante floral (Fonte: Foto de autoria própria)

Outra espécie de aranha que observei com associação as bromélias foi Micrathena sp. (figura 6) (Araneidae), esta é uma aranha sedentária que constrói teias e espera as vitimas serem capturadas pela sua armadilha. Estas aranhas utilizam as bromélias, pela sua estrutura de roseta, que fornece um local muito bom para a construção de seu artifício de captura. É uma aranha pequena (figura 7) e utiliza igualmente plantas de tamanho reduzido como habitat.
Fig. 6 Micrathena sp. Sobre uma bromélia (Fonte: Foto de autoria própria)

Fig. 7 Micrathena sp. Vista ventral para comparação de tamanho (Fonte: Foto de autoria própria)
   
 Plantas como a Maria sem vergonha (Thumbergia sp. (Acanthaceae)), que possuem flores pequenas e delicadas, com cores chamativas, e tem como polinizadores pássaros e insetos em geral. Os insetos que visitam geralmente esta planta são abelhas e vespas que são atraídas pela coloração e pelo odor da flor, e são normalmente predadas por aranhas. Durante as observações de campo, percebi que as aranhas só se encontravam em plantas com flores, enquanto plantas sem flores recebiam visitas breves e logo eram abandonadas. Percebi a presença de duas aranhas de famílias e espécies distintas, Thomisidae (Figura 8) e Peucetia sp. (Oxyopidae) (Figura 9), estas aranhas sempre que observadas estavam próximas aos ramos florais e muitas vezes se alimentavam de besouros que predavam a planta, fazendo assim o controle biológico de herbívoros.
Fig. 8 Thomisidae (Fonte: Foto de autoria própria)

Fig.9 Peucetia sp. (Fonte: Foto de autoria própria)

Durante todas as saídas de campo, observei estes tipos de interação, plantas com flores, possuíam um maior numero de aranhas vivendo sobre elas, o que diminuía o numero de herbívoros próximos a planta, já plantas sem flores, muitas vezes possuíam aranhas somente devido a sua estrutura morfológica, como no caso das bromélias. Sendo assim pude concluir que aranhas têm muitas vezes um papel essencial no controle de pragas e na proteção das plantas, onde muitas vezes o numero de flores e frutos podem ser aumentados devido a este tipo de associação.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Video Mostra aranha como vira hospedeiro de larva de vespa

A explicação do video ja diz tudo, o video mostra como a larva de uma vespa parasitoide controla a aranha, para fazer seu proprio desenvolvimento

 


Reportagem retirada do site:

sábado, 28 de maio de 2011

COMO UMA ARANHA FAZ PARA SUBIR UMA PAREDE


As aranhas como todos sabem, são animais que escalam qualquer superfície, desde superfícies lisas a ásperas, mas como elas fazem isso?
                Todos se perguntam e tem duvidas de como elas conseguem esta proeza, uma das táticas usadas é a presença de pequenas unhas na ponta dos tarsos de cada pata (figura 1), que auxiliam na fixação nas superfícies, e também pela presença de pequenas estruturas que produzem teia para auxiliar fixação e a aderência a superfície.

Figura 1: Esquema da ponta do tarso de uma aranha mostrando as unhas tarsair, e no local sinalizado pela silha th, é o gancho utilizado para se prender a teia para uma melhor fixação



Informações retiradas do site: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/916305-experiencia-revela-que-tarantulas-expelem-seda-pelas-patas.shtml consulte para ver a reportagem completa.

Figura retirada do livro Biology of Spiders

sábado, 14 de maio de 2011

ARACNIDEOS PEÇONHENTOS

                Os animais peçonhentos são aqueles que possuem  peçonha e aparelho inoculador especifico, como, presas, aguilhão, queliceras e espículas. No caso das aranhas são os aguilhões localizados na base das queliceras, e dos escorpiões o aguilhão localizado no final do telson.
                No Brasil os aracnídeos peçonhentos ou de importância medica, são 3 gêneros de aranhas e 1 gênero de escorpião.
                Aranhas:

Genero Latrodectus sp. (Viuva-negra)
Latrodactos geometricus, foto tirada em Presidente Epitacio interiro de São Paulo 
 
 
 Latrodactos geometricus, foto tirada em Presidente Epitacio interiro de São Paulo, detalhe do desenho em forma de busola caracteristico do genero.

Distribuição geográfica:

















  Tamanho: Fêmea: 1 cm de comprimento e 3 cm de envergadura de pernas.  Macho: de 3 a 6 mm não sendo causadores de acidentes;

 Habitat: Vivem em teias irregulares sob vegetação rasteira, arbustos, cerca de madeira  ou concreto, entulhos, etc.

Acidentes: Conhecem-se no Brasil apenas alguns acidentes de pequena e  média gravidade, mas já há relatos de casos fatais fora do Brasil.

Quadro clinico:

Sintomas primários:
Dor local;
Sudorese;
Espasmos musculares.

Sintomas secundários:
Mialgia;
Cãibras;
Dor abdominal aguda.

Tratamento:

Analgésicos devido as fortes dores causadas pela picada, e observação sem a necessidade de soro anti-aracdonico.

Genero Loxosceles sp. (Aranha marrom)
Distribuição geográfica:


















Tamanho: medindo de 1,0 a 2,0 cm de corpo e 3,0 a 4,0 cm de envergadura. Os machos possuem o corpo mais delgado e pernas mais longas do que as  fêmeas.

Habitat: tijolos, madeiras, atrás de móveis,  quadros, rodapés soltos, casca de árvores.

Acidentes: ocorrem principalmente no verão,  em ambiente domiciliar, quando a aranha é inadvertidamente comprimida contra o corpo da vítima.

Quadro clinico:

Ação proteolítica:
Proteínas do veneno fazem com que os leucócitos invadam as paredes vasculares causando edemas;

Ação hemolítica:
Causa anemia;

Ação coagulante:
Atua no sistema de coagulação sanguínea.

Sintomas:

Na maioria dos casos a picada não é sentida. Horas após a picada, ocorre vermelhidão local, dor, endurecimento, e o aparecimento de bolhas escura, devido a necrose, e outros sintomas secundários, como escurecimento da urina, dores no corpo, e dor de cabeça.

Tratamento:

Soro Antiaracnídico ou antiloxoscélico.

Genero Phoneutria sp. (Armadeira)


Distribuição geográfica:


















Tamanho: 3 a 4 cm de corpo e podem chegar até 15 cm de comp. de envergadura

Hábitat: vegetação a exemplo de bananeiras estando adaptada à área urbana em ambientes domiciliar e peridomiciliar (entulho, calçados);

Acidentes: Em crianças pode ocorrer choque anafilático que é uma reação alérgica intensa.

Sintomas:

Dor local intensa, inchaço leve no local. Em crianças e idosos podem ocorrer casos mais graves e sintomas mais intensos como sudorese, enjôos, náuseas, arritmia cardíaca, choque, e priapismo (em crianças).

Tratamento:

Soro antiaracnídico, e analgésicos.

Escorpioes:
          
  Todos são pertencentes ao genero Tityus.

Tityus serrulatus (Escorpião amarelo)

Distribuição geográfica:


















Tambem encontrado em outros estados como Santa Catarina e alguns estados do nordeste.
É um animal de habito errante e solitário. Habita em regiões quentes e secas, abriga-se sob casca de arvores e cupinzeiros. Adapta-se bem a locais domiciliares e peridomiciliares. E possuem ampla distribuição e de difícil controle por se reproduzirem por partenogênese.

Tityus bahiensis (Escorpião marrom
Distribuição geográfica:

















É um animal de habito errante e solitário. Habita locais úmidos, sob pedras, troncos, se adaptam bem a locais domiciliares e peridomiciliares.

Tityus stigmurus (Escorpião do nordeste)


Distribuição geográfica:

















É um animal de habito errante e solitário. Habita áreas quentes e secas, abriga-se principalmente em cupinzeiros.

Sintomas:
 

Ambas as espécies causam dor intensa com a picada, causando sudorese, enjôos, queimação no local da picada e sensação de estar levando agulhadas. Os acidentes mais graves são os causados por Tityus serrulatus, onde os sintomas são mais fortes e ocorrendo arritmia cardíaca e choque.

Tratamento:
Aplicação de analgésicos, e em casos mais graves se aplica soro antiescorpiônico ou antiaracdonico.

PREVENÇÃO
            Evitar acúmulos de lixo e entulhos, fazer controle de pragas como baratas que servem de alimentos a estes animais. Sempre sacudir calçados e roupas guardados, antes de usa-los.
            Em casos de acidentes tentar manter a calma e procurar ajuda medica o mais rápido possível, e nunca fazer torniquetes, corte no local da picada ou tenta sugar o veneno, estes procedimentos podem levar a um agravamento do acidente.
Fontes utilizadas para este tópico: Prevenção de acidentes com animais peçonhentos. 2001. Instituto Butantan.






quinta-feira, 15 de outubro de 2009

VISÃO DAS ARANHAS

Grande parte das aranha possui oito olhos que estão arranjados em quatro pares: mediano-anterior, lateral-anterior, mediano-posterior e lateral-posterior, estes se localizam na margem anterior dorsal da carapaça (BARNES, 2005).
                Os olhos possuem lentes simples, que servem todas as unidades receptoras. As aranhas possuem dois tipos de olhos, olhos principais que são os olhos medianos anteriores, os quais não possuem tapetum(estrutura que reflete a luz) e são de cor preta. Estes olhos são geralmente de tamanho pequeno, mas em espécies de Salticidae são grandes. Aranhas que possuem somente seis olhos perderam os olhos principais (BARNES, 2005).
                Os olhos secundários são formados pelos pares de olhos, anterior-lateral, posterior-mediano e o posterior-lateral (Fig. 1). Os olhos secundários possuem tapetum, o qual auxilia na reflexão da luz para uma melhor visão em ambientes com baixa luminosidade. Em alguns grupos o tapetum se desenvolveu nos olhos mediano-posteriores de tal forma que estas aranhas podem ser localizadas a noite devido ao reflexo de seus olhos em resposta a luminosidade de lanternas, um exemplo seriam as tarântulas. Já aranhas como as Salticidae não possuem tapetum em todos seus olhos secundários (BARNES, 2005).


FIGURA 1: Esquema da posição dos olhos

                A visão das aranhas é muito mais importante em aranhas caçadoras como papa-moscas (Salticidae) e tarântulas (Ctenide, Lycosidae) do que em aranhas sedentárias produtoras de teia (Nephilidae, Araneidae).
As papa-moscas são as aranhas com olhos mais desenvolvidos comparados a outras aranhas, seus olhos estão localizados na parte superior da carapaça o que lhes da um amplo campo de visão, e assim sobrepondo o campo visual de seus olhos (Fig. 2). Seus olhos secundários são responsáveis por detectar o movimento enquanto os olhos principais são capazes de formar imagens relativamente precisas.



FIGURA 2: Esquema de visao de uma aranha da familia Salticidae

Em geral muitas espécies de aranhas caçadoras, percebem somente a movimentação e a variação sem formar imagens perfeitas das presas.   

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sexagem e Comportamento Reprodutivo

Aracnídeos, diferente de muitas espécies, não possuem muitas semelhanças quanto a suas características entre machos e fêmeas.
                Os machos de algumas espécies de aranhas são muitas vezes menores que as fêmeas e possuem a coloração um pouco diferenciada. Um bom exemplo é o da Latrodectus sp., a famosa Viuva-negra, onde o macho é bem menor que a fêmea(Figura 1). Diferente do que se pensa, a fêmea de uma aranha não come seu parceiro sexual por canibalismo, e sim por pensar que são alimento, pois possuem uma visão ruim, ou ate mesmo pelo macho se machucar durante a cópula, o que o deixa frágil e impossibilitado.

Figura 1: Femea e macho de Latrodectus sp. Femea muitas vezes maior que seu macho
                Já nas caranguejeiras, a sexagem se faz observando os pedipalpos do macho, pois suas extremidades são mais arredondas(Figura 2), o que lhes da o aspecto de inchadas. O tamanho entre machos e fêmeas não variam tanto.

Figura 2: Pedipalpo de um macho adulto
                O ato sexual entre aranhas é extremamente violento, e muito rico em posses e cortejos sexuais por parte dos machos. Estes cortejos variam de espécie para espécie, onde a dança dos machos para as fêmeas as deixa em um tipo de estado de frenesi, onde ela não se meche e só responde aos estímulos do macho. Em espécies de teias os machos mandam sinais através de toques nas teias e vibrações(Figura 3).

Figura 3: (A)   Posição sexual em uma espécie de aranha de teia onde o macho procura o opérculo genital da fêmea, (B) Posição de cortejo em uma espécie da família Salticidae, (C) Macho fazendo cortejo pela tocando a teia.   
 
               Para realizar o ato sexual os machos produzem uma teia onde eles depositam os espermatozóides, esta teia é chamada de teia espermática(Figura 4), após depositar cerca de uma gota de esperma o macho suga esta gota com o pedipalpo, pois em sua extremidade ele possui uma espécie de agulha que serve para armazenar o esperma e posteriormente inocular no órgão genital da fêmea.

Figura 4: Macho produzindo a teia espermatica e sugando o esperma para o pedipalpo
                Para a identificação de sexagem nos escorpiões, em algumas espécies basta olhar as pectinas, que faz parte do pente na parte ventral do corpo. Nos machos estes pentes são maiores e possuem as cerdas mais largas e longas do que nas fêmeas(Figura 5).

Figura 5: Mostrando a diferença entre machos e femeas, na especie Pandinus imperator 
                O acasalamento consiste numa dança longa e no preparo do terreno, mas isto muda de gênero para gênero, mas a dança nupcial consiste em idas para frente e para trás o que pode demorar de minutos as varias horas, ate ser achado um local adequado. O macho perambula durante dias na época de reprodução a procura de uma fêmea, ao encontrar a fêmea ele a prende com seus pedipalpos e ambos começam a dança. Ao achar o local o macho libera o espermatóforo no chão, e tenta puxar a fêmea ate que o espermatóforo atinja seu opérculo genital e assim realizando a copula(Figura 6).    

Figura 6: (A) Esquema do espermatoforo de um escorpião, (B) Inicio da liberação do epermatoforo, (C) Macho fazendo com que a femea toque o espermatoforo, (C) Introdução do espermatoforo na femea.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Ecdise o crescimento de um aracnideo

A pele das aranhas se chama exoesqueleto, isso porque diferente de nós, seu esqueleto é externo, por isso o nome. O exoesqueleto é composto de quitina o mesmo elemento que compõem nossas unhas e cabelos.
                Neste período, o animal se torna frágil e suscetível aos predadores, já que o corpo se torna frágil e mole, ate que a nova pele seque.
A ecdise seque duas etapas:
Pré-ecdise: é quando o aracnídeo procura uma toca, e lá permanece. Algumas espécies de aranhas obstruem a entrada da toca com folhas, terra, e teia, para se manter segura. Durante este tempo o animal não se alimenta. Este período em que ela fica reclusa depende muito da idade e do tamanho da aranha ou escorpião, mas geralmente leva em torno de 5 a 10 dias.
Pós-ecdise: é quando já ocorreu a muda de pele, mas mesmo assim, permanece entocado ate que a nova pele fique seca e rígida, este período dura entre 5 e 10 dias, também dependendo muito do animal.
                Ate se tornarem adultos os aracnídeos trocam freqüentemente de pele, mas dependendo muito das condições ambientais e do clima, após se tornarem adultos a muda ocorre pelo menos 1 vez por ano.


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um pouco da morfologia

Os aracnídeos são invertebrados, do filo dos artrópodes, e subfilo chelicerata, pertencentes a classe arachinida. O que abrange aranhas, escorpiões, opiliões, ácaros, carrapatos, dentre outros.
Aqui abordaremos aranha e escorpiões.

As aranhas e escorpiões são animais invertebrados, os mais bem adaptados ao meio terrestre, exceto em regiões árticas. As aranhas possuem vários métodos de dispersão entre eles praticam ate o balonismo, onde a aranha espera por uma corrente de ar, lançando uma teia em forma de saco, e que a carrega a longas distancias.

As aranhas possuem queliceras, pelas quais capturam a presa e injetam o veneno, que ira auxiliar na digestão. Os pedipalpos são os primeiros pares de apêndices, que servem para locomoção, captura da presa, e nos machos como órgão reprodutor. Os outros quatro pares de apêndices são as patas. O corpo é dividido em dois tagmas, prossoma onde se localizam os olhos e as patas, e o opistossoma, que possui os órgão vitais, como coração, pulmão, órgãos reprodutivos, e fiandeiras.


Como as aranhas, os escorpiões possuem queliceras e pedipalpos, mas estes modificados. As queliceras e os pedipalpos são queladas, ou seja, em forma de pinça, o que facilita a captura e imobilização da presa. O veneno é injetado através do aguilhão, que se localiza na ponta do telson, no final do pré-abdome. O corpo do escorpião é mais alongado e delgado que o da aranha, possuindo no final uma espécie de cauda o pré-abdome, o qual se curva para a inoculação do veneno.

Tanto aranhas como escorpiões, crescem através de ecdises, ou seja, através de mudas, já que possuem um exoesqueleto, que deve ser trocado para que o animal possa crescer. Neste período o animal se torna frágil e suscetível a predadores ou parasitas, ate que sua nova pele se enrijeça.
equipearacna@hotmail.com